09/04/2011

ALÉM DA JANELA
[Eriem Ferrara]
Fim de tarde tranqüilo, sossego absoluto, pensamentos em devaneios permito-me sonhar...
Debruçada sobre a janela aprecio a chuva que mansamente cai nos vastos campos da fazenda - o vento é frio e os respingos da chuva molham meus cabelos. Ergo os olhos rumo ao horizonte e para meu espanto visualizo a silueta de um homem alto, esguio, de capa e guarda chuva parado a uma distância considerável olhando em minha direção – melhor dizendo, olhando para mim. Um pouco intrigada fiquei ali observando aquele homem. Minutos intermináveis se passam e o belo homem lá parado, nenhum passo, nenhum movimento.
De certa forma pressinto que aquele homem tem algo a ver comigo, mas não sei bem o que é. Com base nesse pensamento tomo uma decisão... Penso, vou até lá, quem sabe ele está com algum problema e precisa de ajuda (pretexto), afinal aqui é uma fazenda e ninguém fica assim, parado sem mais, nem menos debaixo de chuva.
No momento em que eu ia deixar a janela rumo à porta eu acordei – rsrs...

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